Estamos na verdade guardando nosso preconceitos, vivendo um politicamente correto em que não respeitar a diversidade é estar fora do mundo. Só que de verdade os preconceitos estão intrínsecos, quando nos surpreendemos com Joaquim Barbosa: negro e ministro do STF. Outra evidência de que o preconceito está sim no dia-a-dia é que duma população de maioria negra, nosso pais tem apenas um representante na maior instituição de nossa justiça. Sub-representação. E nossa personalidade fecha os olhos diante da realidade, a tal ponto de um texto que questiona isso ser considerado leviano.
Aceitamos assim as coisas, pois não nos incomoda. Já as cotas raciais nas universidades é algo que cutuca uma ferida. Educação, para negros? Universidade não é aquele lugar de gente com bom poder aquisitivo, branca, bem ao estilo da novela. Sim a televisão imprimiu um estereótipo, e aceitamos. Não venho aqui para crucificar a televisão e as novelas, que eu vejo, estou aqui para mostrar que estamos aceitando esses modelos sem nos questionar. Pior, esses modelos só são empregados porque nós gostamos e aceitamos, dando a audiência.
Talvez seja a hora de mudarmos de canal, sairmos do nosso preconceito velado e aceitarmos realmente as pessoas das formas mais diversas que elas se apresentam nesse mundo. Se talvez a temática do texto pareça ser estritamente racial, não é. Falo de todas as diferenças, e respeitá-las não basta, precisamos realmente nos aceitar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário